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Sou Biomédica e gosto de tudo relacionado à Biomedicina. Todo dia busco um novo conteúdo para meus pacientes. Também sou uma amante de terapias naturais, gosto de viagens, faz parte de mim conhecer novos lugares, conhecer novas pessoas e culturas. Vale a pena exaltar que não vivo sem animais de estimação, na qual até faço parte de uma caridade para animais.
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Catarata diabética: conheça esse problema de retinopatia e seus cuidados
O diabetes é uma doença crônica em que o corpo não produz insulina e não consegue empregar no organismo corretamente a que produz. Essa doença é mais comum na faixa etária entre 65 a 74 anos, e a maioria das pessoas que têm esse problema apresentam algum tipo de doença ocular.
Os diabéticos podem desenvolver enfermidades como glaucoma, aumento da pressão do olho ou catarata diabética. Conhecida também como retinopatia diabética, é uma alteração nos vasos que alimentam a retina e é considerada a causa mais comum de cegueira no Brasil. Ela pode aparecer sem que o paciente note alguma diferença de imediato na visão, mas a tendência é piorar ao longo dos anos.
Quer saber mais sobre a catarata diabética? Continue lendo este artigo e descubra como ela é desenvolvida e quais são os sintomas mais comuns:
O surgimento da catarata diabética
São dois tipos de catarata diabética:
- retinopatia não-proliferativa: ocorre nas fases inicial, moderada e severa;
- retinopatia proliferativa: é vista como a fase mais grave da doença.
A retinopatia diabética acontece quando o excesso de glicose existente no sangue danifica os vasos sanguíneos dentro da retina, lente interna do olho responsável pela formação da imagem. Caso o controle glicêmico não seja feito de forma correta, a visão pode ficar seriamente comprometida, levando à cegueira.
A retina tem o objetivo de focalizar a imagem e transmiti-la ao cérebro, por meio do nervo óptico. A constante elevação descontrolada da glicose no sangue resulta no fechamento progressivo dos vasos retinianos, facilitando o surgimento de hemorragias e falta de oxigênio para as células oculares.
Nas primeiras fases da catarata diabética, os vasos afetados provocam acúmulo e vazamento de gordura dentro da retina. Por isso, ocorre o edema macular, que é a causa mais comum de perda visual em pessoas que têm diabetes.
Em fases mais avançadas, a retinopatia leva ao deslocamento da retina, sangramento intraocular e glaucoma neovascular. Além disso, a catarata diabética pode levar a perda da transparência, comprometimento da visão e cegueira irreversível. Por isso, é sempre muito importante ficar atento à saúde dos olhos e consultar periodicamente o oftalmologista.
Sintomas da catarata diabética
Existem dois tipos de diabetes: o DM2 e o DM1. No primeiro caso, ele costuma ser silencioso. Muitas pessoas podem apresentar a doença sem saber por vários anos, levando a lesões graves aos órgãos.
Já no segundo tipo de diabetes, os sintomas são mais graves e fáceis de ser reconhecidos. Como a catarata diabética é desencadeada devido ao alto nível de açúcar no sangue, é fundamental estar atento aos possíveis sintomas de diabetes. Os mais precoces e comuns são:
- sede excessiva;
- necessidade de urinar a toda hora;
- cansaço e falta de energia;
- perda de peso;
- visão embaçada;
- mau hálito;
- dificuldade na cicatrização de ferimentos;
- infecções frequentes;
- cetoacidose diabética.
A retinopatia diabética costuma causar sintomas leves, mas quando acontece a hemorragia vítrea, a pessoa pode apresentar alguns pontos de sangue ou manchas flutuantes na visão. Além disso, distorção de imagens e perda da nitidez podem ser um sinal de problema ocular. Por isso, é fundamental procurar um oftalmologista logo ao primeiro sinal de alteração nos olhos.
Cuidados e prevenção com a saúde dos olhos
Os cuidados com a saúde são fundamentais para prevenir o diabetes e, consequentemente, a catarata diabética. O controle adequado do nível de açúcar no sangue (glicemia) é necessário para manter a saúde em dia.
Devido a isso, é muito importante incluir na rotina uma alimentação saudável e rica em fibras, proteínas e carboidratos, além da prática diária de exercícios físicos. Os exames oftalmológicos também são essenciais para a prevenção da doença, já que a catarata diabética pode não apresentar sintomas.
A visita ao oftalmologista deve ser feita pelo menos uma vez ao ano para realização de exames, como o de fundo de olho, que ajudam no diagnóstico precoce da doença. Alguns exames complementares também ajudam a confirmar a presença da catarata diabética.
De acordo com cada caso, o oftalmologista avalia a necessidade da realização desses testes. Entre os mais comuns estão: retinografia simples, angiofluoresceinografia e tomografia de coerência óptica.
Além disso, é preciso que o paciente de diabetes controle de forma rigorosa e sistemática outras doenças associadas, como colesterol alto e hipertensão arterial. Isso porque essas patologias podem acelerar a progressão da retinopatia diabética. Um diagnóstico precoce, aliado ao tratamento adequado da doença, pode evitar danos graves e, muitas vezes, irreversíveis para a visão.
Tratamento em casos de catarata diabética
Como vimos, o melhor tratamento para a catarata diabética é controlar as taxas de glicose no sangue. Isso reduz, significativamente, a perda de visão ao longo dos anos. Normalmente, os tratamentos não curam a retinopatia, porém, reduzem sintomas e retardam a progressão da doença.
Os tratamentos são fundamentais para evitar que o problema progrida, de tal forma que leve a complicações graves, como a cegueira. Para a escolha do melhor método, será necessário detectar em qual fase está a doença. Dessa forma, é possível saber se existe a necessidade de frear ou retardar sua progressão.
Em casos em que a doença esteja na sua fase inicial (retinopatia diabética não-proliferativa), o controle regular com o oftalmologista pode ser a única forma de tratamento. Já em situações mais graves (retinopatia diabética proliferativa) ou quando existe a presença de edema macular, pode ser necessária a realização de cirurgias.
Cirurgia a laser e vitrectomia
A cirurgia a laser, ou fotocoagulação, não cura a doença, mas é uma opção de tratamento. O processo consiste na queima de áreas da retina, longe da macular, para melhorar o fluxo dos vasos afetados e impedir que cresçam futuramente. O laser também diminui as chances de deslocamento da retina e novas hemorragias.
Já nos casos de hemorragia vítrea grave, a cirurgia vitrectomia é a alternativa para melhorar a visão comprometida. Esse procedimento cirúrgico remove os neovasos, causadores do sangramento, e impede novas hemorragias. Em algumas situações, a cirurgia a laser pode ser realizada em conjunto com a vitretomia.
Para cuidar adequadamente da saúde dos olhos e prevenir a catarata diabética, é fundamental manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos diariamente e controlar os níveis de açúcar no sangue.
Quer saber mais sobre o assunto? Descubra os tipos mais comuns da doença, fatores de risco e todos os tratamentos para controlar as taxas de glicose no sangue!
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