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Sou Biomédica e gosto de tudo relacionado à Biomedicina. Todo dia busco um novo conteúdo para meus pacientes. Também sou uma amante de terapias naturais, gosto de viagens, faz parte de mim conhecer novos lugares, conhecer novas pessoas e culturas. Vale a pena exaltar que não vivo sem animais de estimação, na qual até faço parte de uma caridade para animais.
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Síndrome pós-Covid: quais os sintomas mais persistentes?
A pandemia de Covid-19, que se alastrou pelo mundo a partir de 2020, atingiu milhões de pessoas, vitimando fatalmente um alto percentual. Graças ao avanço das campanhas de vacinação, o número de indivíduos que sobrevivem à doença tem aumentado.
Entretanto, mesmo após a recuperação, o vírus ainda pode deixar sequelas durante semanas ou até meses: é a chamada síndrome pós-Covid, caracterizada por problemas de saúde crônicos que persistem após o tratamento da infecção aguda, mesmo quando os testes para o vírus no paciente retornam negativos.
Os sintomas vão desde cansaço excessivo a dores no corpo e perda de olfato, passando por alterações cardiorrespiratórias, como palpitações e falta de ar, até disfunções neurológicas ou cognitivas, como dificuldade de concentração e memória prejudicada. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esses fenômenos duradouros configuram uma condição pós-Covid, e requerem atenção específica.
Neste artigo, vamos esclarecer quais são as principais características da síndrome pós-Covid, seus fatores de risco e os tratamentos disponíveis. Para saber mais sobre o assunto, continue lendo até o final!
O que é a síndrome pós-Covid
De acordo com a definição clínica oficial divulgada pela OMS, a síndrome pós-Covid, também conhecida como síndrome da Covid longa, ocorre em indivíduos com histórico de infecção por SARS CoV-2 (Covid-19) provável ou confirmada. Pode se manifestar em até três meses após o início da Covid-19, e as alterações na saúde causadas por ela duram pelo menos dois meses, com impacto no dia a dia da pessoa.
Além disso, seus sintomas podem apresentar flutuações e recaídas ao longo do tempo, incluindo a possibilidade de reaparecerem após a recuperação inicial de um episódio agudo de Covid-19, ou de persistirem desde a doença inicial.
Isso acontece porque a infecção causada pelo coronavírus é uma doença sistêmica, capaz de afetar diversas estruturas do corpo. Para combater esse ataque, um processo inflamatório é disparado.
Embora essa inflamação seja um mecanismo de defesa, ela cobra muito do nosso organismo. Ademais, para algumas pessoas, essa resposta acontece de maneira exacerbada, causando danos a determinadas estruturas do corpo. Com isso, surgem os problemas que persistem de maneira crônica.
Principais sintomas
A lista de sintomas da síndrome pós-Covid é extensa, e a condição pode se manifestar de maneiras diferentes em cada indivíduo.
Portanto, não é necessário ter todos os sinais listados a seguir para que se configure a condição. Se você teve Covid-19 há pelo menos três meses e ainda apresenta um ou mais dos sintomas abaixo, é importante procurar um médico para fazer uma avaliação do caso.
Sintomas gerais
- Falta de ar;
- tosse;
- perda de olfato e paladar;
- dores musculares;
- queda de cabelo;
- perda de apetite;
- cansaço excessivo ou sonolência;
- dores abdominais;
- diarreia;
- arritmia e/ou palpitações cardíacas;
- dor ou sensação de pressão no peito;
- fibrose pulmonar;
- trombose.
Sintomas cognitivos ou neurológicos
- Dificuldade de concentração;
- raciocínio lento;
- prejuízo da memória;
- dificuldade de aprendizado;
- confusão e sensação de “névoa mental”;
- dislexia e discalculia (esquecimento de palavras, dificuldade para se comunicar e para fazer contas).
Sintomas psiquiátricos
- Ansiedade;
- insônia;
- depressão;
- estresse pós-traumático;
- eventuais episódios de surto psicótico.
Fatores de risco
Em geral, quanto mais grave tiver sido a infecção por Covid-19, maior o risco de desenvolver a síndrome pós-Covid. Considere, por exemplo, um paciente que tenha ficado internado para tratar da infecção.
Após passar por um longo período acamado, é natural que ocorra uma perda da massa muscular, afetando a mobilidade e aumentando a sensação de fraqueza. Isso também prejudica a circulação de retorno do sangue dos membros inferiores para o coração, e pode elevar os riscos de ocorrência de trombose, por exemplo.
Nesse sentido, quanto mais intensa tiver sido a infecção pelo coronavírus, maiores as chances de restarem fibroses. Elas são como “cicatrizes” nos pulmões, capazes de causar a sensação de falta de ar e cansaço para realizar tarefas do dia a dia.
Além disso, pessoas que, antes da infecção pelo coronavírus, já apresentavam doenças cardiovasculares, como histórico de infarto, insuficiência cardíaca e hipertensão, encontram-se em um grupo de maior risco para desenvolver a síndrome pós-Covid. O mesmo vale para quem tem doenças do sistema respiratório, como asma, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica, entre outras.
Vale ressaltar que, embora os pacientes recuperados de quadros graves apresentem maior risco, mesmo as pessoas que apresentaram um quadro leve de Covid-19 podem desenvolver a síndrome da Covid longa.
Possíveis tratamentos para a síndrome pós-Covid
Considerando que a própria síndrome sistêmica causada pelo coronavírus ainda é uma doença recente, e que a Covid longa é uma condição que se manifesta de maneiras diferentes em cada pessoa, os médicos e pesquisadores ainda estão estudando as melhores abordagens para tratar a síndrome pós-Covid.
Por seu caráter individual, não é possível determinar quanto tempo é necessário para alcançar a cura do coronavírus e de suas sequelas. Pelo mesmo motivo, o tratamento da síndrome pós-Covid pode variar bastante para cada paciente, dependendo dos sintomas apresentados.
Entretanto, com os conhecimentos obtidos até o momento, os profissionais da saúde entendem que uma abordagem multidisciplinar é a melhor opção. Assim, se um paciente apresenta sintomas cardiorrespiratórios, é importante ter o acompanhamento de um cardiologista e de um pneumologista.
Se há sintomas gástricos, pode ser necessário consultar um gastroenterologista. Caso apresente sintomas cognitivos ou psiquiátricos, é necessário o acompanhamento de um neurologista e de um psiquiatra, e assim por diante.
Um bom clínico geral pode fazer o encaminhamento para cada especialista, dependendo do caso concreto. Além disso, a saúde global precisa ser trabalhada. Nesse sentido, programas de recuperação cardiovascular parecem ser essenciais para restabelecer a capacidade respiratória com segurança.
Sessões de fisioterapia conduzidas por especialistas ajudam a trabalhar a musculatura, ganhar força e, ao mesmo tempo, garantem um olhar cuidadoso para a saúde do coração e dos pulmões. Ao combinar a fisioterapia de mobilidade com a fisioterapia respiratória, é importante contar com profissionais capazes de dar atenção a aspectos que poderiam passar despercebidos para quem é menos experiente.
Além disso, de um modo geral, as práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) podem trazer benefícios para aumentar o bem-estar de quem sofre com a síndrome pós-Covid.
São recursos terapêuticos reconhecidos pela OMS como parte da medicina tradicional e complementar. Trata-se de alternativas como acupuntura e aromaterapia, que podem ajudar no alívio de dores crônicas, na recuperação do olfato e, até mesmo, na melhora das funções cognitivas e psicoemocionais.
Após conhecer mais detalhes sobre a síndrome pós-Covid, fica claro que o problema vai além de uma simples gripe e que mesmo casos leves podem trazer consequências importantes. Por isso, é essencial manter sua vacinação em dia e continuar tomando todos os cuidados necessários para evitar o contágio.
Este artigo foi esclarecedor para você? Comente e compartilhe conosco se teve alguma experiência com a síndrome pós-Covid.
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