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Sou Biomédica e gosto de tudo relacionado à Biomedicina. Todo dia busco um novo conteúdo para meus pacientes. Também sou uma amante de terapias naturais, gosto de viagens, faz parte de mim conhecer novos lugares, conhecer novas pessoas e culturas. Vale a pena exaltar que não vivo sem animais de estimação, na qual até faço parte de uma caridade para animais.
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Síndrome de boreout: o que é, sintomas, e como o RH pode combatê-la
Em um mundo globalizado, onde as transformações tecnológicas acontecem de forma rápida, as exigências no trabalho podem seguir o mesmo ritmo. E isso pode afetar a vida dos trabalhadores de várias formas, levando, inclusive, à síndrome de boreout.
Nem sempre os desafios, anseios e objetivos da função atingem as suas expectativas profissionais. O reconhecimento de suas habilidades e as promoções podem não acontecer.
Com o passar dos anos, o profissional perde o entusiasmo, se vê cansado e desmotivado. O desânimo vai tomando conta dos seus sentimentos e sua produtividade cai. Problema que impacta diretamente na saúde física e mental do trabalhador.
É o que os especialistas em gestão de pessoas chamam de tédio no trabalho. Um estado de apatia que afeta a saúde mental dos profissionais, levando a síndrome de boreout.
Mas será que as empresas estão aptas a identificar e tratar esse transtorno? Muito mais comum do que se imagina, a síndrome de boreout impacta também na produtividade e nos resultados da empresa.
Neste texto vamos explicar melhor sobre essa síndrome e trazer sugestões de como os recursos humanos podem prevenir e combatê-la. Confira!
O que é a síndrome de boreout?
De origem inglesa a palavra bored significa entediado. Portanto a síndrome de boreout é também conhecida como síndrome do tédio ou do aborrecimento e está diretamente ligada ao trabalho.
É um distúrbio psicológico causado por uma série de fatores ligados às funções laborais. Como desânimo, cansaço mental, falta de estímulo.
Se não identificada pode levar a um completo estado de apatia, afetando a produtividade. Importante lembrar que esse problema de saúde mental não deve ser encarado como se o trabalhador tivesse má vontade ou preguiça.
A falta de valorização e de incentivos estão entre as principais causas que levam à boreout. Os gestores precisam estar preparados para identificar os sinais.
Entre as mais comuns está a indiferença, quando o trabalhador executa somente o necessário.
A angústia, quando a função não condiz com suas habilidades. E por fim a estagnação, quando o funcionário perde todas as expectativas.
Problemas que abalam o estado psíquico e físico. Podendo gerar irritabilidade, depressão, pânico, fobias, ansiedades, alterações na pressão arterial, insônia, entre outros males.
Diferença entre boreout e burnout
Situações desgastantes já estão entre as maiores causas de afastamentos no trabalho. Isso porque afetam o bem-estar físico e mental dos trabalhadores, levando a sérios problemas de saúde e distúrbios mentais. Entre eles as síndromes de boreout e burnout.
Apesar da semelhança na nomenclatura existem diferenças entre elas.
A Síndrome de burnout acontece geralmente quando o trabalhador é exposto a cargas excessivas de estresse e tensão emocional. Sejam por rotinas de trabalho extensas, cobranças exageradas ou ambientes insalubres.
Já a síndrome de boreout se manifesta quando o trabalhador perde o ânimo, se vê desmotivado e sem estímulo para realizar as funções. Com o passar do tempo ele percebe que suas habilidades não são valorizadas pela empresa e não vê utilidade em suas tarefas.
Os dois problemas são tão sérios que a Organização Das Nações Unidas (ONU) os reconheceu como doença emocional. Mas apesar de ser preocupante a síndrome de boreout pode ser resolvida com ações e adaptações encabeçadas pelo RH.
É preciso identificar e sanar as situações que levam ao boreout. Entre elas a falta de reconhecimento, tarefas monótonas e repetitivas, conflitos, clima organizacional ruim, entre outras.
Quais os sintomas da síndrome de boreout?
Se não tratada, com o passar do tempo os sintomas da síndrome de boreout podem comprometer a autoestima do trabalhador. As consequências levam a um completo estado de desânimo e apatia.
Desmotivado, sua produção cai e seu desempenho é reduzido. Se o profissional estiver no cargo de liderança, poderá influenciar a equipe negativamente e até afetar a relação com os clientes. Isso é ruim para a empresa, prejudica a produtividade e até a sua imagem.
Essa síndrome se manifesta silenciosamente, começando com uma simples insatisfação. Pode chegar a falta de vontade de sair de casa para o trabalho. Por ser de sintomas lentos o profissional pode demorar em identificar o problema. Entre os principais sintomas podemos apontar:
– Cansaço físico e mental;
– Dores de cabeça e musculares frequentes;
– Distúrbios do sono, como insônia;
– Dificuldade para se concentrar;
– Sentimentos de fracasso e incompetência;
– Alterações no apetite, nos batimentos cardíacos e de pressão arterial;
– Problemas gastrointestinais;
– Mudanças de humor, sem causa aparente, entre outros.
Como o tédio no trabalho afeta a saúde e produtividade do colaborador?
Especialista em gestão de pessoas e saúde no trabalho já identificaram que a falta de demandas e de valorização estão entre as principais causas de ansiedade e frustrações no trabalho.
Baixo volume de tarefas ou excesso delas em um determinado período e outro não. Pode levar a um estado entediante, afetando a saúde mental do profissional. Isso porque, apesar de chegar a exaustão em determinados momentos, em outros se sentirá completamente ocioso.
Afinal ter dias com menos tarefas é normal, o que não pode acontecer é se tornar uma situação de rotina.
Trabalhos em home office podem ser um exemplo dessa situação. Isso porque ao trabalhar longe do convívio com os colegas, o trabalhador pode sentir que a sua função não é tão relevante para os gestores.
A empresa precisa planejar e organizar as tarefas para mudar esse cenário. Líderes e subordinados precisam manter uma comunicação clara e efetiva. Isso porque o tédio e a frustração, além de gerar desmotivação, podem induzir o funcionário a desistir do emprego.
Como tratar a síndrome de boreout?
Os sinais desta síndrome muitas vezes não são aparentes e demoram para aparecer. Mas, ao identificar o problema, os gestores precisam encaminhar o funcionário para tratamento psicológico. Terapia é uma das opções mais indicadas.
Em outras situações o acompanhamento psiquiátrico pode ser necessário. Os líderes precisam ficar atentos a qualquer situação que possa levar ao boreout, como poucas tarefas, menos responsabilidade, função inadequada, atividades monótonas, entre outras.
Tédio, cansaço, mudança de humor, falta de concentração, podem ser indicações que algo não anda bem com o funcionário.
A gestão de RH deve estar atenta às alterações, minimizar os riscos e tratar o problema com seriedade e cautela.
Uma boa opção seria aderir ao serviço de telemedicina. A Conexa Saúde oferece atendimento médico e programas para cuidar da saúde mental dos trabalhadores.
O acesso está disponível 24 horas em todos os dias da semana. E o trabalhador nem precisa sair da empresa para se consultar ou fazer sua terapia. Tudo acontece de forma virtual, por meio de uma moderna plataforma digital.
Qual a ajuda profissional para o problema?
O trabalhador que por algum distúrbio emocional como o tédio deve procurar um especialista para se tratar.
Fazer terapia com psicólogo ou até psiquiatra, quando for o caso, é um dos caminhos para o seu bem-estar físico e emocional. Desta forma poderá recuperar a alegria e a vontade de voltar ao trabalho com a mesma satisfação de antes.
Especialistas já identificaram que a síndrome de boreout tem se agravado muito nos últimos anos, em especial em decorrência da pandemia de covid 19.
Isso por conta do afastamento social que levou muitas empresas a adotarem o sistema de trabalho remoto e home office. Com o passar do tempo, esse trabalhador que executa suas tarefas em casa, passa a se sentir menos valorizado, entediado com sua carreira.
O que fazer para evitar o tédio no trabalho e consequentemente a síndrome de boreout?
Após identificar os sintomas e as causas que levaram o trabalhador a adoecer, é preciso criar mecanismos de prevenção para evitar o tédio no trabalho e a síndrome de boreout.
Muitas empresas buscam soluções internas importantes e devem enfrentar esse desafio com clareza e eficácia. Trouxemos aqui algumas dicas importantes para o funcionário e seus gestores.
1- Cuidar da saúde. A prevenção é sempre o melhor caminho. Manter a saúde em dia envolve várias iniciativas pessoais e profissionais. Entre elas, manter boa relação com os colegas e a chefia; ter boa alimentação; um sono adequado. A lista inclui ainda, praticar exercícios físicos e ter momentos de prazer e lazer junto aos amigos e familiares;
2- Manter um canal de comunicação aberto junto aos superiores. Ao menor sinal de que a saúde não anda bem, é preciso conversar com os líderes e procurar ajuda profissional. O diálogo melhora o clima organizacional e ajuda na prevenção de doenças;
3- Ter objetivos para o futuro, seja pessoal ou profissional;
4- Tentar entender os motivos que o levaram a perder o estímulo para o trabalho.
5- Identificado o transtorno, procurar ajuda profissional;
6- Não exigir muito de si mesmo, sem cobranças excessivas.
7- Entender as necessidades da empresa e que nem sempre o ócio é ruim.
Como o RH pode agir para que não haja incidência da síndrome de boreout na empresa?
O setor de recursos humanos tem papel importante na prevenção e para que não haja incidência de boreout na empresa.
Afinal retardar soluções pode ser ruim para o negócio e gerar danos à saúde e até na carreira do colaborador. Adotar boas práticas de gestão de pessoas é sempre o melhor caminho.
Aqui listamos alguns passos importantes que o RH deve tomar:
– Desenvolver um bom plano de carreira. Ele servirá de guia para ascensão profissional e satisfação da equipe;
– Elaborar cursos de qualificação que atendam a demanda interna. Isso pode se dar na empresa ou por meio de parcerias com profissionais e instituições de ensino;
– O trabalhador precisa refletir se está na função correta e o RH deve cuidar para ele se sinta bem no posto ou procure uma recolocação.
Esteja próximo dos colaboradores
Conhecer de perto o perfil de cada um dos funcionários é importante para prevenir os problemas de saúde no trabalho, por exemplo.
Essa iniciativa gera motivação e satisfação entre eles. Afinal sentem que são valorizados, que a empresa se preocupa com o bem-estar e não são apenas números.
A motivação é um dos pilares de uma gestão de pessoas eficiente. Além disso, ao conhecer melhor a equipe, os gestores entendem as diferenças. Identificam as características , as habilidades e as expectativas pessoais que cada trabalhador carrega.
Desta forma, conseguem direcionar melhor as funções, as tarefas, as responsabilidades e deveres de cada funcionário. Com isso, eles se sentiram muito mais valorizados, potencializando seu trabalho diário.
Tenha um canal aberto de comunicação que dê liberdade aos colaboradores
A comunicação eficaz é outro ponto importante quando o assunto é prevenção. Os gestores precisam criar um canal eficiente e aberto onde todos possam falar com liberdade e tranquilidade sobre seus problemas. Suas angústias, frustrações e desejos.
É preciso identificar o que está errado e ajudar no que for preciso para sanar a questão. Na maioria das vezes a falta de diálogo intensifica sentimentos e emoções, fazendo com que o trabalhador se sinta ainda mais desvalorizado e impotente.
A comunicação é uma das ferramentas que o RH tem para perceber melhor os trabalhadores. Além disso, é importante manter outros canais como reuniões periódicas, pesquisa de satisfação e de clima organizacional e os tradicionais feedbacks.
Estabeleça um planejamento de metas desafiador que engaje os colaboradores
Aqui temos um dos maiores aliados na prevenção e combate da síndrome de boreout.
A empresa precisa estabelecer um planejamento de metas desafiadoras. Isso irá engajar os colaboradores, mostrando que ele tem direção para evoluir.
Com metas bem elaboradas ele sai da indiferença, em busca de um objetivo. Sem isso, o funcionário fica sem perspectivas, supondo que seu trabalho não é tão importante para a organização.
Nesse sentido, o marketing de incentivo também pode ajudar a estimular os colaboradores.
Trata-se de um conjunto de ações que busca reconhecer, valorizar e incentivar os trabalhadores em suas funções.
Entre as iniciativas é possível criar premiações para metas atingidas, por exemplo. Nunca se esquecendo de divulgar a campanha entre todos da empresa. O trabalho em equipe pode ser outra fonte de estímulo.
Crie ações que ocupe o tempo livre dos colaboradores de forma saudável
Não só em casos de boreout, mas, de forma geral, as empresas devem adotar ações saudáveis para ocupar o tempo livre dos trabalhadores.
Os resultados podem surpreender os gestores. Além de gerar bem-estar no ambiente do trabalho, promovem engajamento e satisfação.
São iniciativas que vão desde implantar horários de trabalho mais flexíveis ou intervalos para que a equipe pratique alguma atividade física. Confira outras sugestões:
– Implemente a ginástica laboral;
– Incentive os alongamentos;
– Use a escada ao invés de elevador;
– Forneça bicicleta para quem quiser pedalar no trajeto de casa para o trabalho;
– Crie um espaço interno para atividade física ou jogos;
– Monte grupos de caminhada ou corrida entre as equipes;
– Desperte o interesse para uma alimentação saudável;
– Disponibilizar um local para banho e troca de roupas;
– Incentive a leitura, criando espaços para isso, biblioteca ou parceria com terceiros
Avalie o equilíbrio do fluxo de atividades da empresa e reorganize-o, se necessário
Como vimos, implantar ações de conhecimento dos profissionais é positivo, mas somente isso não basta.
A empresa precisa avaliar o equilíbrio do fluxo das atividades e organizá-la, quando for necessário. Estudar as estruturas e a cultura da organização contribui para o entendimento sobre o que pode estar errado.
A partir daí a reorganização dos fluxos de trabalhos é viável e necessária. Do contrário, o desequilíbrio pode gerar diversos problemas, inclusive a síndrome de boreout.
Essa análise envolve diagnosticar o que está errado na empresa. Se existe sobrecarga ou não de trabalho. Se os funcionários estão ociosos ou com responsabilidades abaixo de suas habilidades, entre outros.
É preciso organizar as funções e tarefas, assegurando que o colaborador tenha uma rotina compatível com suas competências. A organização precisa ainda ter um planejamento e um plano de carreira.
Assim o trabalhador sentirá que seu trabalho é necessário e poderá evoluir profissionalmente.
Almejar e se capacitar para novos cargos e funções. Iniciativas que geram motivação, engajamento e retenção de talentos. Abrem novas perspectivas e minam o estado de estagnação.
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Conclusão
Como vimos, a síndrome de boreout é considerada um distúrbio psicológico ligado principalmente ao trabalho.
Ela afeta os trabalhadores, que por algum motivo, perderam a motivação, a energia e a alegria para executar suas funções.
Ao longo do tempo isso irá fatalmente impactar negativamente no seu desempenho. Pode afetar a saúde mental do trabalhador e nos casos mais graves, gerar doenças físicas, como estresse, alteração de pressão arterial, depressão, entre outros.
O RH tem papel importante quanto à saúde e ao bem-estar da equipe. Afinal, qualquer alteração pode prejudicar os resultados do negócio. Identificar as falhas, os riscos e o problema, agindo de forma preventiva é o melhor caminho.
Fonte: blog.conexasaude.com.br
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